top of page

Cartografando Sensibilidades

Marcos Araujo

Marcos Araújo. Cartografando sensibilidades. Bordado sobre algodão cru e ramo de mamona. 2020.

​

​

Vejo no gesto de bordar um movimento constante de retorno, seja o retorno da linha à trama anterior ou a possibilidade de retorno do sujeito à si mesmo. Ao final esse movimento sempre resulta num percurso que a linha faz pela extensão do tecido. E me questiono quais foram os caminhos que trilhei para chegar aqui? Quais as crenças e valores me sustentaram? Memórias e vivências vêm à tona.

Neste ponto retorno aos meus processos formativos e busco explorar minhas subjetividades, refazendo esses percursos, e me desafio a registrar esses caminhos. Me deparo com a cartografia como possibilidade estética para recriar essas vivências que se desfizeram no passado para me fazerem no presente e no futuro.

Meu desejo é me entender como ator e autor dos meus percursos, contextualizando-me local e historicamente, atento ao mundo em redor. Inconformado em ser um mero produto destes meios que me produziram e buscam regular minha existência. Na produção de minhas próprias visualidades intento pela autonomia do ser que construo sobre este corpo, no intuito de me formar como um sujeito sensível.

Busco estabelecer conexões comigo e com o mundo, essenciais para os processos de autoconsciência e consciência crítica. Tento me libertar a partir da superação dos meus medos, me reconectando as memórias que residem em meu inconsciente, buscando a confluência das minhas subjetividades com os signos que absorvi do mundo, me apropriando destes à medida em que também os transformo.

Site elaborado pela turma de Laboratório de produção artistica , 2020.

Professora Drª Sayni Veloso

Editado por : Bárbara Stela Oliveira

Divulgado pelo projeto Redário das Artes 

​

bottom of page